Dores crônicas são aquelas que duram por mais de três meses. Você sabia que a mais comum delas é a dor nos ombros, aquela que não é provocada por trauma ou queda?
Essa dor se inicia de uma forma leve e esporádica e que, com o tempo, vai se intensificando. Isso acontece principalmente em pessoas de 50 a 60 anos de idade, que começam a sentir a dor e a se perguntar:
Normalmente, por não encontrar respostas a essas perguntas, a pessoa recorre a um ortopedista para uma investigação mais profunda.
E então, é nesse momento que o paciente pode ser diagnosticado com Tendinose do manguito rotador – um conjunto de tendões fundamentais para a movimentação do ombro – associado à bursite, tendo em vista que essa é a principal causa de dor crônica nessa faixa etária.
Tendinite x Tendinose
Quando falamos em tendinite e tendinose, a diferença entre as duas condições não é muito bem entendida pelos pacientes e, sendo sincero, nem mesmo pelos médicos em geral.
A tendinite é uma inflamação aguda num tendão previamente saudável e que na imensa maioria das vezes se resolve com o uso de antiinflamatório por 3 a 5 dias. Nessa condição, é comum que o tendão fique inchado e bem avermelhado.
A tendinose, pelo contrário, é um processo crônico causado pelo serviço repetitivo ou microtraumas de repetição decorrentes de uma sobrecarga do tendão. Nesse caso, ele fica mais volumoso e amarelado.
O efeito contrário dos antiinflamatórios
A questão é que, nesse caso, o uso de antiinflamatórios não vai ajudar ou resolver o problema. Pelo contrário, ele pode até mesmo causar piora, já que vai bloquear a inflamação, que é o mecanismo usado por nosso corpo para promover a cicatrização dos tecidos. Por isso, quando o paciente com tendinose toma esse remédio, ao invés de resolvido, ele tem seu problema agravado.
Isso é bem preocupante quando lembramos que os antiinflamatórios são uma das classes de medicamentos mais consumidas por pacientes sem prescrição médica.
O que a Medicina Regenerativa pode fazer nesses casos?
O grande foco da Medicina Regenerativa nesses casos é mais do que apenas aliviar momentaneamente a dor: é regenerar o tendão adoentado.
E para alcançar esse objetivo, ela usa diversos recursos que vão desde o equilíbrio da saúde em geral, que abrange cuidados como a qualidade do sono, a flora bacteriana intestinal, uma dieta regenerativa e atividade física moderada; até tratamentos locais para aumentar a vascularização em torno do tendão afetado para que o próprio corpo se recupere.
Algumas dessas últimas medidas incluem a Proloterapia e a infiltração com concentrados plaquetários, ambas com a finalidade de recuperar a saúde do tendão.
Vale lembrar que se nessa fase em que o tendão está com a tendinose a pessoa toma muitos analgésicos e não trata a recuperação do tendão, é bem provável que seu estado se agrave e cause até mesmo a ruptura deste tendão que é tão importante para a movimentação do ombro.