Se você está aqui, é porque já ouviu falar desse tipo de medicina, certo?
Mas afinal, o que é a tal da medicina regenerativa?
“Medicina Regenerativa” é um termo mais atual que se refere ao que antigamente era chamado de “engenharia dos tecidos humanos”.
Independente do nome, o objetivo dessa modalidade da medicina é juntar tecnologias de várias áreas do mundo e usá-las para tentar substituir ou regenerar as nossas células, tecidos e órgãos, fazendo com que essas estruturas funcionem normalmente.
Como ela funciona?
Bom, eu gastaria horas para responder a essa pergunta. Ao invés disso, vou lhe introduzir a alguns fundamentos que possibilitam que essa especialidade da medicina exista:
O primeiro deles é a terapia celular, que nada mais é do que o uso de vários elementos (celulares ou não) pra tentar tratar, reparar e até mesmo fazer crescer vários órgãos, tecidos e claro, curar doenças. Parece loucura, mas não é!
Um outro conceito importante de se anotar é o de plasticidade celular. Esse é o nome dado à habilidade das nossas células de assumirem características que são de outras células, de diferentes partes do nosso corpo.
Outro ponto bem relevante é o do efeito parácrino. O nome assusta, mas ele é usado para nomear uma ação bem interessante, que é quando uma célula libera secreção e essa secreção gera algum tipo de efeito nas células vizinhas, ou seja, nas outras células que estão por perto. Isso é importante pois pode alterar o ambiente no qual as células vivem.
Esses três conceitos combinado com muitos outros explicam a base de tudo o que estamos falando nesse post.
Além desses conceitos, o que mais é legal saber sobre a Medicina Regenerativa?
A gente pode falar sobre seus conceitos, mas o legal mesmo é saber para que ela serve, certo?
Bom, ela possibilita a testagem de diversas abordagens terapêuticas. Ou seja: novos tratamentos, dispositivos médicos, scaffolds (que é uma estrutura usada para ancorar células in vitro – em cultura – ou em tecido vivo mesmo), e muitos outros métodos podem ser testados por causa da Medicina Regenerativa.
Atualmente, existem vários produtos no mercado aprovados pelos órgãos regulamentadores que vieram de estudos dessa área. Esses produtos são relacionados ao tratamento de úlceras de pele, defeitos de cartilagem e deficiências nos músculos e esqueleto. A estimativa é que esse mercado movimente cerca de 100 a 200 milhões de dólares anualmente.
E a doação de tecidos?
Imaginem que uma pessoa, por algum motivo, precisa de células ou tecidos. Ao usar o tecido de uma segunda pessoa (o que chamamos de doador e receptor- transplante heterólogo), existe o risco de contaminação e de reações adversas, o que pode complicar o quadro do paciente, certo?
Por isso, atualmente a técnica mais indicada é a de usar as próprias células ou tecido de uma pessoa nela mesma, retirando de um lugar e colocando em outro. Por isso os conceitos que apresentamos incialmente são tão importantes, já que eles explicam como isso é possível.
Quando o receptor e o doador são a mesma pessoa (uso autólogo), as reações adversas diminuem significativamente e as chances do tratamento ser bem sucedido, aumentam.
Alguns exemplos de terapias autólogas de menor custo e menor necessidade de manipulação das células são:
Ou seja, essas substâncias são as mais utilizadas para repor células, tecidos ou órgãos em diferentes partes do corpo.
E como andam as pesquisas dessa área?
Os produtos que citamos aqui vêm sendo explorados no mundo científico por estudos em animais e em humanos que tentam avaliar a eficácia dos métodos. Muitos mostram resultados bem promissores, mas como essa é uma área nova que entra em conflito com interesses econômicos e exige estudos controlados, com testes que evidenciem claramente sua eficácia, a Medicina Regenerativa ainda divide opiniões.
Para concluir:
Não podemos ignorar todos os benefícios que a Medicina Regenerativa traz principalmente na questão de controle de dor e função de pacientes que sofrem de doenças nos sistemas muscular e esquelético e também de dor crônica.
A melhoria na qualidade de vida e satisfação do paciente é clara. Esse tipo de tratamento já é realidade em muitos casos!