Que atire a primeira pedra quem nunca quis mudar o seu corpo.
Processos como emagrecimento ou ganho de massa muscular são muito comuns em nossa vida e é provável que você já passou, ou passa, por algum deles.
Apesar de serem completamente opostas, existe um erro muito cometido em ambas situações: definir sua evolução apenas pelo peso na balança, deixando que ela defina o sucesso ou a falha do seu tratamento.
O problema nessa ação é que o peso não traz informações reais sobre a diminuição de gordura corporal e aumento de massa muscular, já que ao longo do caminho, podemos estar perdendo músculos junto à gordura ou, pelo contrário, acumular gordura durante o ganho de massa magra.
Justamente para oferecer ao paciente uma resposta certeira sobre sua situação corporal é que existe um exame chamado bioimpedância.
Podendo ser solicitado pelo médico ou profissional de saúde que acompanha o paciente em questão, esse exame analisa toda a composição corporal da pessoa, avaliando a quantidade aproximada de músculos, ossos e gorduras presente no organismo.
Por avaliar a real composição corporal, temos uma avaliação mais precisa sobre como esses três diferentes tecidos estão se comportando no momento, o que pode ajudar o médico, nutricionista ou educador físico a entender os reais efeitos das terapias aplicadas no corpo do paciente.
Esse exame é realizado por balanças especiais que possuem placas de metal. Essas placas de metal conduzem um tipo fraco de corrente elétrica que atravessa todo o corpo, mostrando, além do peso atual, a quantidade de músculo, gordura, água e até calorias que o corpo queima ao longo do dia.
Para aumentar a assertividade dos resultados, dados como sexo, idade, altura e intensidade da atividade física praticada são introduzidos na balança.
“Mas como uma simples corrente elétrica é capaz de calcular todos esses dados?”, você me pergunta. Eu respondo:
As nossas estruturas corporais possuem diferentes quantidades de água e é através desse princípio que a análise é feita.
Os músculos são tecidos muito hidratados, já gordura e ossos, são menos. A corrente elétrica viaja facilmente pelos tecidos que possuem grande quantidade de água. Já nos de menor quantidade, viaja mais lentamente.
Ou seja: a corrente viaja facilmente pelos músculos. Já em ossos e gordura, ela tem mais dificuldade de passagem.
Através da diferença entre a resistência da gordura, em deixar a corrente passar, e a velocidade com que ela passa em tecidos como os músculos, por exemplo, o aparelho calcula o valor que indica a quantidade de massa magra, gordura e água.
Agora que entendemos como o exame atua, descubra como ele é feito:
É bem simples! Basta que o paciente suba descalço e sem meias na balança de bioimpedância e segure uma placa de metal à frente do corpo. Com isso, a balança cuida do resto.
Para que o exame indique os valores corretos de nossa composição corporal, algumas indicações são feitas, como:
Essa preparação é exatamente importante, já que no que diz respeito à água, por exemplo, se não houver a hidratação adequada, o corpo tem menos água para conduzir a corrente elétrica e por isso, o valor de massa gorda pode ser maior que o real.
Já em pessoas que retêm muito líquido, o indicado é fazer o exame o mais cedo possível e avisar o profissional que conduz o procedimento, pois o excesso de água pode levar a um aumento da quantidade de massa magra, que também não reflete a realidade.
Com todos os cuidados, esse exame é extremamente relevante para que uma análise geral da composição corporal seja feita, considerando os aspectos individuais de cada paciente e traçando metas específicas para cada corpo.